terça-feira, 30 de agosto de 2011

Hoje é tempo de rever os mortos: há uma atmosfera estranha no ar, pesada, porém envolvente.
Sinto que não estou onde estou, canalizando assim, um sentimento de repulsa.
Não estou querendo mostrar estética e muito menos bonitas palavras:
Escrevo para me livrar de mim.
Gosto muito do SER, eu. E não vou com a cara de mim.
Há coisas estranhas dentro do meu escuro,
Como por exemplo, a exata escuridão me transcede.
Sorrisos falsos, abraços frios: minha repulsa cresce
Meu nome é Vontade de Ser.
Fomentando, porém a insanidade de espírito,
Meu espírito só existe porque penso nele.
Na verdade não há espírito: somente vácuos e pensamentos!
Eu, porém, quem sou?

Maybe

Talvez amanhã quando você sonhar em me querer,
Eu já tenha encontrado alguém que me queira.
Quem sabe, quando você se lembrar que eu existi
Eu já estarei fora de seu alcance,
E se acaso você quiser me amar
Talvez eu transforme esse amor em amizade!
Talvez quando os seus olhos sentirem falta de uma luz
E quiser me ver, eu já tenha morrido de te esperar.,,
E depois de tudo isso,
Você não entender que te AMO e sofro por você,
Esqueça tudo o que leu e se enquadre nestas três palavras:
Você me perdeu...
Você diz que o amor é um templo
Que o amor é uma Lei maior.
Você me pede para entrar
Mas depois me faz arrastar aos seus pés.
Não posso me agarrar ao que você tem.
Quando só o que você tem é dor.
Um amor,
Um sangue,
Uma vida,
Juntos: irmão e irmã.
Temos enfim que nos ajudar:
Um
a
Um!

Você


Loura, tinha olhos amendoados
De Cecília - parecia uma loba.
Estáticos: uns olhos que buscavam essência em tudo;
Ou  parecia viver na própria, essência.
Os cabelos: esvoaçados ao léO.
Um esplendor de Santa, Santa Cecília, sei lá.
Santa somente, não mártir.
Porque o sorriso que lhe
Desabrochara os lábios,
Era um sorriso de bem-aventurança.
Como em várias vezes,
Há de ter tido na terra.
E Fulano diz mistérios,
diz marxismo, rimell, gás...
Fulano me bombardeia
No entanto sequer me vê.
(...)
Mas eu sei quanto me custa
Manter esse gelo digno,
essa indiferença Gaya
e nem gritar: vem Fulano!
(...)
Mas Fulano será gente?
Estará somente em ópera?
Será figura de livro?
Será bicho?
Saberei disso um dia...

Questões em questão.

Sussuro: você não me escuta.
Falo: você nem presta atenção
Grito e choro: e você nunca me vê.
Do que estou reclamando a final?
Sempre foi assim...
Eu, em meu mundinho particular
Você constantemente na social
Quem paga por minhas frustrações?
Não o sei.
Pago caro por isso: lágrimas e só.
Te espero, se você não voltar, supero!
Assim me ensinou você...
Surge a pergunta:
Quem vai lhe acalmar
quando você começar a tremer?
Quem vai estar por perto
Quando você se desesperar?

Hoje

Tudo se torna tão difícil sem você por perto, seu gosto faro-fino.
Seu cheiro que dantes me era presença., hoje sinto sua falta.
Seu olhar me era faceiro e isso me envolvia.
Hoje a solidão me torna perdido.
Quando você resolver voltar, volte logo!
Porque te espero trêmulo e ofegante.
Chorando para que isso me aconteça;
Mas oh: só não vai demorar, por que a indiferença mãe dos casais frios pode a qualquer hora me cercar.
Sabe sua música predileta? Hoje a ouvi, um dia desses, essa mesma música conseguiu me irritar.
Hoje chorei emocionado...
Já não sei como isso há de terminar, apenas um beijo e seu olhar me salvará dessa treva que me cerca,
Só você, só você...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Yellow buterfly


Outro dia, andando sem rumo
Eis que me deparo com uma borboleta amarela;
Estava tão íntegra, colorida...
Quase a ponto de voar.
Com força bastante para abrir uma janela em minha alma
Para um mundo terno ir, cheio de nostalgia e recordações...

Chorando percebo a minha tristeza latente...
Juro beijar seu corpo sem descanso
Como quem sai sem rumo pra viagem.
Beijo seu pés e me perco em seu corpo;
Percorro a fio na madrugada, pra de manhã enfim dormir.
Língua de Sol explora sua geografia corpórea e doce e triste.
Intocada: agridoce!
Juro beijar seu corpo com saliva lunar...
Amo-te e sinto sua falta a todo instante.
Me diz pra onde vai você
Me diz dos olhos que você perdeu
Tropeçando em si mesmo
Me diz então, quando é que terás saudade de si.
Você é o avesso do esforço
Que faço pra ser feliz.

Mistérios

Os mistérios noturnos me convencem mais hoje. Te ver é uma necessidade, sabendo eu que isso é insanidade...
O desejo já se torna ameaça - nesta noite, até então, somente desgraça!
Friamente faz o seu trabalho.
Olha pra mim,e meu coração fica retalhado.
Eu que não sei nada do amor,
Sou criança, meu senhor.
Quero sim conhecê-lo...
Porque o poeta ainda não amou como deveria, e sequer foi amado como gostaria.
Montou na mota e saiu...
Pálido fiquei, tristonho chorei.
Sabendo que jamais o veria,
Oh meu deus, isso é bruxaria?

Anjo errado

Chegaste tão rápido que me assustou deveras. Um jeito de "anjo barroco" às avessas, que me deixou meio intrigado: oras há uma aliança em seu dedo, isso me desgosta de tal modo que perco a cabeça. Barba serrada me chamando ao combate, estilo jogado que me excita de todos os modos. Olhinhos meigos de criança triste e perdida, tons de pele cheirando à leite. Ah, seu ônibus chegou, perderei-o de vista logo em seguida. Foi pra Lapa, espero encontrá-lo às avessas por esses lugares que são tão poéticos, sei bem de uma coisa: ele não está disponível, eu, louco que sou, mais uma vez me apaixono-entristeço-esqueço. Meu coração é sílaba certa, e me põe em cada uma...

domingo, 28 de agosto de 2011

Balada de um Amor inesquecível

Naquela noite em que a 
Vitória parecia não ter fim,
havia um ser tão belo
Quanto um Serafim.


Seu nome? Rafael.
Angelical até no nome
Bochechas rosadas
Lábios de mel.


Pena. Pífio sou!
Tens compromisso
Sofro ou não?
O que tenho eu com isso?


Deixo a dica: esqueça ele.
e case se comigo.
Te darei tudo o que tenho;
O meu coração com o mais puro amor.

Escombros noturnos

Sentado à deriva
Num esverdeado e velho banco
Contemplava eu, sua beleza
Você tão bonitinho e cinturado, trajava luto.
Com a noite que passava lenta estava de preto.
Esforçava tanto em me conquistar
Com seu olhar esguio e traiçoeiro, quase me rendi...
Mas não: levantarei-me já desta terra que me consome
E seduz como o vento frio, e vou-me embora.
Lá serei eu.
Resumido somente à mim.

Craziness

Anoiteço dentro de mim, não sabia se era mesmo o próprio anoitecer: era meio-dia.
Meio-dia de olhos bem fechados, arregalados pra si. Parecendo ser dono de mim. Sou?
Sim, sou. Sou mesmo? Sonhei, enquanto isso, viajava dentro de nós, porque naquele propósito, éramos um: Somente nós dois. Viajei por nossas entranhas e parei em seu coração sem mesmo saber se era mesmo o seu coração, porque naquele instante, éramos um.
Tomei coragem, virei seta e parei dentro de ti sendo eu mesmo. Estatizei quando os seus olhos pararam de ver tudo e me olharam: seria eu tudo pra ti naquele momento? Ai.

Olhinhos insanos

A comunhão que tu me oferece
Tem a ver com a insanidade de Ovídio.
Tuas mãos afagam meus cabelos:
Caloroso fico!

Meu coração, surradas córneas, 
Transborda ofegante quando
Vejo seus brilhosos olhinhos
Olhos de criança, de Pagu: moles.
Esmeraldinas pupilas
Lamento o anseio.

Trabalho pra ter sempre.
Suas roupas cheirosas, descanso nelas
Literalmente, gozo quando ouço sua voz.
Sei não: Amo-te!